Infraestrutura precária e falta de medicamentos prejudicam
quem procura atendimento no hospital
A Promotoria de justiça de Portel ajuizou ação civil
pública contra o Município para garantir melhorias das condições
de funcionamento do Hospital de Urgência e Emergência Wilson da Mota Silveira.
A ação requer, liminarmente, a realização de reformas no hospital e a
aquisição de equipamentos e insumos, para sanar as irregularidades
apontadas em vistoria.
Apesar do município ter recebido verbas para investimento exclusivo na
saúde, ainda é possível notar longas filas de espera em frente ao hospital
Wilson da Mota Silveira e constantes reclamações dos moradores. O promotor de
justiça Rodrigo Silva Vasconcelos, responsável pela comarca de Portel,
solicitou ao Grupo de Apoio Técnico Especializado do Ministério Público
(Gati) uma vistoria no hospital. Nela foram constatadas diversas
irregularidades, como: infraestrutura precária, falta de medicamentos e higiene
inadequada. Quem trabalha no local também sofre com a falta de materiais, como
equipamentos para higienização das mãos, o que aumenta o risco de contaminação
de pacientes e profissionais da saúde.
O hospital Wilson da Mota Silveira, é o único na região a oferecer
atendimento médico gratuito e por isso recebe a maior parte da população em
busca de atendimento. Quem busca tratamento na unidade, se depara com todas
essas carências e necessidades. Uma reforma já estava prevista para o hospital
municipal. No entanto, as obras ainda não tiveram início. O que compromete
ainda mais a prestação de serviços de saúde pública no local.
O Ministério Público fez várias tentativas extrajudiciais de
solucionar o problema na saúde em Portel, porém sem solução efetiva. Diante
disso, a Promotoria de Justiça ajuizou a ação com pedido liminar para que,
dentro de 30 dias, sejam iniciadas as obras de
reforma do hospital Wilson da Mota Silveira. As reformas devem ser
completas e concluídas dentro de 120 dias, garantindo todos os equipamentos,
medicamentos e materiais de higiene necessários para o atendimento no hospital.
"O Ministério Público Estadual cobrou, sistematicamente, a solução
das ilegalidades na esfera administrativa sem êxito, sendo imprescindível a
judicialização da demanda para se obter a eficaz prestação do serviço público
de saúde aos usuários do SUS, prestação que o município de Portel está obrigado
a assegurar", enfatizou na ação o promotor de Justiça Rodrigo Vasconcelos.
As providências contidas na ação civil pública devem ser tomadas em
caráter de urgência, visto que o direito à saúde dos cidadãos de Portel vem
sendo violados. Em caso de descumprimento da decisão judicial, o município
deverá pagar uma multa diária de R$ 1 mil.
Veja as Matérias em Vídeos: Canal Portal Marajó Noticias
0 Comentários